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O diretório do PSB no Rio Grande do Norte, presidido pelo deputado federal Rafael Motta, enviou um ofício ao PT nesta semana cobrando uma definição sobre a coligação em torno da pré-candidatura à reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT).

O PSB quer saber oficialmente se poderá estar na chapa da governadora ou se o PT realmente vai preferir ficar com o PDT do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves.

Como Rafael Motta e Carlos Eduardo são pré-candidatos ao Senado, apenas um dos partidos poderá estar na coligação de Fátima Bezerra, após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do fim do mês passado proibir as chamadas “coligações cruzadas”.

No fim de maio, durante encontro de tática eleitoral, o PT decidiu que o candidato ao Senado da chapa será Carlos Eduardo. A governadora Fátima Bezerra defende a manutenção do acordo. A decisão definitiva, contudo, cabe à convenção do partido, que está marcada para o dia 23 de julho.

O PSB, que em âmbito nacional vai indicar Geraldo Alckmin como vice na chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda tem a expectativa de receber apoio do PT para Rafael Motta. Pelas redes sociais, o deputado tem dito que sua candidatura está mantida e que seu apoio a Fátima e Lula são “irrevogáveis”. A situação do PT é considerada delicada, pois o partido tem sido constrangido a eliminar da chapa um aliado.

O PSB espera obter a resposta do PT em breve para, se for o caso, dar sequência às tratativas para escolha dos suplentes e para construção da sua coligação para o Senado. O partido descarta apoiar qualquer nome da oposição, em qualquer circunstância.

Pelo menos dois partidos já manifestaram simpatia pela candidatura de Rafael Motta ao Senado: Republicanos e Agir (ex-PTC). Além disso, o União Brasil tem se aproximado do deputado. O presidente do partido, ex-senador José Agripino Maia, tem dado declarações simpáticas ao pré-candidato a senador.