Silêncio. Está é a resposta que o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PSD), destinou ao atual gestor do município, Álvaro Dias (Republicanos), sobre a possibilidade de um apoio eleitoral ao pessedista no pleito de 2024 que garantiria sua vitória no primeiro turno. Em entrevista nesta terça-feira (17) à 96 FM, Álvaro afirmou ainda que não há nada que o impeça de se reunir com Carlos Eduardo para discutir política e o futuro do município.

Procurado pelo Diário do RN para comentar a fala do gestor, Carlos Eduardo preferiu não comentar a possibilidade de apoio eleitoral de seu antigo aliado político, com quem rompeu politicamente em abril do ano passado.

Álvaro Dias garantiu que o pré-candidato à Prefeitura de Natal venceria as eleições municipais de 2024 em primeiro turno caso tivesse seu apoio eleitoral. “É muita possibilidade se eu declarar apoio a Carlos Eduardo, ele se fortalecer, porque já tem um bom percentual da preferência do eleitorado. Claro, a gente levando a força do nosso apoio realmente consolidaria e haveria uma possibilidade de vencer a eleição até no primeiro turno”, afirmou Álvaro, em entrevista a 96 FM.

E afirmou que conversaria com seu ex-aliado tranquilamente. “Não tenho problemas em conversar com ele não. Eu estou afastado dele, mas nada impede que eu venha conversar com ele, trocar ideias, como vou conversar com os outros, a exemplo de Paulinho Freire, com quem estive no meu gabinete na Avenida Floriano Peixoto. Tentamos conviver bem”.

ROMPIMENTO OCORREU EM 2022

Álvaro Dias e Carlos Eduardo Alves iniciaram o processo de “divórcio político” após uma entrevista do segundo a uma rádio de Caicó, reduto eleitoral do atual prefeito de Natal. Na época, o pessedista cobrou, publicamente, o apoio para sua candidatura ao Senado a Álvaro – já comprometido com Rogério Marinho (PL) – e que, com isso, ele estaria “devolvendo a alguém que deu a ele três anos de uma prefeitura de uma capital, que ele jamais chegaria ali”. Por sua vez, Álvaro lhe deu o silêncio como resposta e, um mês e meio depois, exonerou a esposa de Carlos Eduardo, Andréa Ramalho, da titularidade da Secretaria Municipal da Mulher. Na época, ela disse lamentar “profundamente a forma desrespeitosa como tudo isso aconteceu e foi conduzido” e que era “assim, através de gestos, que as pessoas se revelam e mostram que são”. O fato concretizou o rompimento político definitivo entre ambos.